quinta-feira, 17 de abril de 2014

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Você Seria Feliz no Céu, Se Cristo Não Estivesse Lá?

          A pergunta crucial para a nossa geração - e para cada geração - é esta: se você pudesse ter o céu, sem doenças, com todos os amigos que tinha na terra, com toda a comida que gostava, com todas as atividades relaxantes que já desfrutou, todas as belezas naturais que já contemplou, todos os prazeres físicos que já experimentou, nenhum conflito humano ou desastres naturais, ficaria satisfeito com o céu, se Cristo não estivesse lá?
          Infelizmente, porém, quão poucos preparados para o céu estamos quando muito falamos em "ir para o céu" quando morrermos, ao mesmo tempo em que não manifestamos qualquer fé salvífica, nem verdadeira familiaridade com Cristo. Não honramos a Cristo neste mundo; não temos comunhão com Ele; não O amamos.
          E a pergunta para líderes de igrejas é: pregamos, ensinamos e orientamos de tal modo que os crentes estejam preparados para ouvir essa pegunta e responder com um ressonante "Não"? Como entendemos o Evangelho e o amor de Deus? Será que, juntamente com o mundo, temos deixado de ver o amor de Deus como a dádiva dEle mesmo para considerar este amor como um espelho que reflete aquilo que gostamos de ver? Temos apresentado o evangelho de maneira tal que o dom da glória de Deus na face de Cristo é secundário, em vez de central e essencial?
          Podemos realmente dizer que as pessoas de nossas igrejas estão sendo preparadas para o céu, onde Cristo, e não os seus dons, será o deleite supremo?

          Busquemos em Deus um despertar, a fim de vermos o supremo valor e importância da "luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus".

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Jesus, o Rei!

          Quando a Bíblia fala de Jesus como "Senhor", está dizendo, simbolicamente, que Jesus é o Rei de todos os reis, que governa sobre toda a Criação. Em João 18:36-37, Jesus tem uma discussão com um rei e revela que Ele é de fato o Rei que governa todos os reis, com um reinado que governa toda Criação. Ecoando Jesus, o teólogo e político Abraham Kuyper disse certa vez: " Não há uma polegada quadrada em todo o domínio da nossa existência humana sobre a qual Cristo, que é soberano sobre tudo, não brade: MEU".
          Jesus nos ensinou que seu reinado inclui o governo de ambos os mundos - material e imaterial, aquele que é visível e físico e aquele que é invisível e espiritual (Lc. 11:19-21). Isso significa que Jesus governa os anjos e os demônios, os cristãos e os não-cristãos, os modernos e os pós-modernos, os homens e as mulheres, os jovens e os velhos, os ricos e os pobres, os saudáveis e os enfermos, os republicanos e os democratas, os simples e os sábios, os vivos e os mortos.
          Além disso, Jesus governa, individualmente, todos os aspectos de nossa vida. Não existe nenhuma parte de nossas vidas que não pertença a Jesus ou que não esteja sob sua autoridade soberana. Jesus não é somente o rei que governa as nações na terra e os principados e potestades no céu; ele também governa nossas roupas, nosso navegador de Internet, nossa geladeira, nosso cartão de débito, nosso escritório e a buzina de nosso carro. Como nosso rei, Jesus exige e merece obediência fiel aos seus mandamentos em todos os aspectos de nossa vida. Portanto, não existe vida particular para os cristãos.
          Certa vez um cara confessou ser viciado em álcool  e pornografia, ao mesmo tempo que afirmava ser um marido e pai cristão. Quando foi apontado para sua vida de maneira profética, ele respondeu que não queria falar sobre sua "vida espiritual", porque não era da conta de ninguém. De forma sacerdotal, foi-lhe explicado que ninguém pode chamar Jesus de Senhor e permanecer diante dele bêbado, dizendo-lhe que isso não é da conta dele. Deixar de enxergar Jesus como o rei de toda a Criação em geral e de toda a nossa vida em particular leva-nos a nada, exceto à hipocrisia, ao isolamento e à privacidade imoral enquanto continuamos a viver na escuridão.
          Como rei, Jesus ordena que abramos mão da autoridade sobre nossa vida, para que cada aspecto dela esteja sob constante transformação santificadora.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Jesus, o Sacerdote

          No Antigo Testamento, o sacerdote se posicionava humildemente entre Deus e as pessoas, como mediador. Ele colocava as esperanças, os sonhos, os medos e pecados das pessoas diante de Deus, como advogado e intercessor. Ouvia a confissão dos pecados das pessoas e orava por elas. Além disso, outro ponto central do papel do sacerdote era a oferta de sacrifícios a fim de mostrar que o pecado era bem real e merecia a morte, enquanto pedia a Deus por seu gracioso perdão.Depois, proferia a bênção de Deus sobre as pessoas. TODAS AS FUNÇÕES DE UM SACERDOTE SÃO CUMPRIDAS EM JESUS.
          Hebreus é o livro da Bíblia que trata do papel sacerdotal de Jesus mais detalhadamente. Em Hebreus, ouvimos que Jesus é o nosso "sumo sacerdote" (Hb. 3:1; 4:14). Com humildade, embora sendo Deus, Jesus se fez ser humano para se identificar conosco. Plenamente Deus e plenamente homem, somente Jesus está apto para ser o mediador entre nós e Deus (1Tm. 2:5). Como nosso sacerdote, Jesus também ofereceu um sacrifício para pagar pelos nossos pecados. Jesus não é apenas um sacerdote superior aos sacerdotes do Antigo Testamento, mas também, seu sacrifício é superior ao deles - Ele deu a própria vida e derramou o próprio sangue pelo nosso pecado (Hb. 9:26).
          O livro de Hebreus revela que o ministério de Jesus, como nosso sacerdote, não terminou com sua ascensão ao céu. Ao contrário, Jesus está vivo hoje e é o nosso sumo sacerdote, que intercede por nós diante de Deus, o Pai (Hb. 7:25). Isso significa que Jesus nos conhece, nos ama, se importa com a nossa vida e cuida de nós. Ele não faz isso porque somos grande, mas porque ele é o nosso grande sumo sacerdote. Jesus é o sacerdote que conhece cada fio de cabelo em nossa cabeça, cada dia da nossa vida, os desejos do nosso coração e os pensamentos em nossa mente. Neste exato momento, Jesus está colocando nossa dores, nossos sofrimentos, nossas necessidades e nossos pecados diante do Pai, com amor e oração, como nosso sacerdote.
          A intercessão sacerdotal de Jesus torna possíveis nossa oração e adoração. Oramos ao Pai e o adoramos por meio de Jesus, nosso sacerdote, e do poder do Deus Espírito Santo, que fez do nosso corpo o novo templo no qual habita aqui na terra. Quando entendemos Jesus como nosso sacerdote, somos capazes de compreender que ele nos ama com carinho, de forma delicada de pessoal. Além disso, Jesus deseja para nós somente o que é bom, e seu ministério resulta em nada menos que uma intimidade com Deus, capaz de transformar vidas. Tudo isso é proporcionado por Jesus, que, como nosso profeta, não apenas nos diz o que fazer, mas também possibilita nova vida e obediência por meio de seu serviço amoroso, compassivo e paciente para conosco como fiel sacerdote.
          Um exemplo da obra sacerdotal de Jesus na vida de uma pessoa está em Mateus 9:9-13. Lá encontramos um homem chamado Mateus, um trapaceador e cobrador de impostos desprezado por todos. Quando, certo dia, estava sentado na coletoria extorquindo as pessoas, o próprio Jesus passa por ali. Em vez de confrontar Mateus como profeta, Jesus surpreendentemente estende-lhe a destra da amizade, convidando-se para jantar na casa de Mateus. Em uma outra ocasião, Jesus falou de seu papel sacerdotal em termos de servir ao homem com humildade: "[...] o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt. 20:28). Diferentemente da maioria das pessoas que querem apenas servidas, Jesus é o nosso grande e humilde sacerdote que nos serve. Jesus nos serviu dando sua vida por nós e continua a nos servir até os dias de hoje. Jesus se compadece de nós como nosso sacerdote, Ele se solidariza com nossas tentações, fraquezas, sofrimento, enfermidades, frustrações, dores, confusão, solidão, traição, quebrantamento, pesares e tristeza.
          Como resultado disto, Jesus pode se compadecer de nós e nos libertar. Isso significa que em tempos de aflição podemos correr em direção a Jesus, nosso sacerdote compassivo, que vive para nos servir e nos conceder graça e misericórdia para tudo que a vida trouxer.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Jesus, o Profeta


           No Antigo Testamento, o profeta revelava Deus proferindo a Palavra de Deus. O profeta era corajoso e estava disposto a enfrentar uma nação inteira, se necessário, para confrontar o pecado, ordenar o arrependimento e clamar a verdade de Deus. Depois disso, o profeta recebia fortes reações de pessoas que o amavam ou odiavam. Isso porque as palavras do profeta traziam os arrependidos ao quebrantamento e os não-arrependidos à dureza de coração. Como os puritanos costumavam dizer: "O mesmo sol que derrete o gelo, endurece a lama". 

Moisés foi o maior e mais perfeito exemplo de profeta do Antigo Testamento. Ele prometeu que um dia um profeta maior do que ele viria como o cumprimento do ministério profético (Dt. 18:15-18). A profecia de Moisés foi cumprida quando Jesus, o profeta, chegou, como havia sido prometido (At. 3:22-24).
O profeta está inextricavelmente associado à Palavra de Deus porque o seu ministério era proclamar a Palavra de Deus. Jesus, o profeta, é superior até mesmo aos grandes profetas do Antigo Testamento. Por ser Deus, diferentemente dos profetas, que falavam pela autoridade de Deus, Jesus falava por sua própria autoridade, como a fonte, o centro e soma da verdade. Como resultado, em vez de apelar para a autoridade de Deus, Jesus simplesmente dizia: "Eu vos digo... (Mt. 5:22).
          A superioridade de Jesus aos profetas do Antigo Testamento também se estende ao seu relacionamento com a Palavra de Deus. As Escrituras revelam que Jesus não apenas proclamou a Palavra de Deus escrita, mas Ele era literalmente a Palavra viva de Deus encarnada (Jo. 1:1-14). A Palavra de Deus escrita, a Escritura, existe para revelar a Palavra de Deus encarnada, o Senhor Jesus Cristo.
Ademais, como profeta, Jesus veio pregar e é o maior pregador que já veio ou virá ao mundo. O próprio Jesus disse que uma das razões pelas quais Ele veio à terra era pregar (Mc. 1:36-42). Como profeta, Jesus deve ser entendido como o pregador que fala a verdade e corajosamente confronta e ataca o nosso pecado, a nossa tolice e rebeldia, repreendendo-nos e ordenando que nos arrependamos.
          Para alguns, o papel de Jesus como profeta pode ser mal interpretado. Por exemplo: "Certa vez, em uma igreja, um pastor teve uma conversa interessante com um novo cristão. Ele tinha começado a ler a Bíblia, e quando lhe foi perguntado como estava indo com a leitura, disse, desesperadamente, que não estava funcionando. Sem entender o que quis dizer, o pastor pediu para que se explicasse. Ele disse que estava lendo a Bíblia, mas quanto mais lia, mais deprimido ficava; quanto mais lia, mais percebia o pecado que havia em sua vida. Foi-lhe explicado que Jesus continua sendo profeta hoje e que estava falando com ele por meio das Escrituras, apontando-lhe o pecado em sua vida. Em vez de se sentir deprimido, ele estava experimentando uma convicção, a qual, acompanhada por arrependimento, levaria à alegria. Conversado mais um pouco, a expressão de seu rosto transformou-se quando compreendeu o amoroso papel de Jesus como profeta em sua vida. Jesus estava colocando o dedo no peito dele, olhando em seus olhos, apontando seu pecado e dizendo-lhe que fosse e não pecasse mais.